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   RAMBYNAS


DAINŲ ŠVENTĖ de 2003
GRUPO "RAMBYNAS" na DAINŲ ŠVENTĖ 2003
DAINŲ ŠVENTĖ de 2007 - Kaunas
DAINŲ ŠVENTĖ de 2009 - Vilnius
ŠOKIŲ ŠVENTĖ de 2012 - Boston



   O GRUPO "RAMBYNAS" NA DAINŲ ŠVENTĖ 2003

"Poucos de nossa turma conheciam a Lituânia e portanto, existia uma grande curiosidade sobre o que encontrariam lá. Como será que era? Como seriam recebidos? Será que tudo daria certo?"
A emoção ao chegarmos foi tão grande que alguns começaram a chorar assim que entraram no saguão do aeroporto de Vilnius. Não resistiram à sensação de pisar o solo daquela terra tão distante, mas tantas e tantas vezes tão docemente imaginada. Reencontrávamos ali uma parte de nossa vida.


Fomos recebidos e cuidados por dois anjos: Kunigas Antanas Saulaitis e Brolis Virgis. O que eles , juntamente com brolis Algis, fizeram por nós, é impagável. Não vamos cansar nunca de agradecer o carinho, o tempo , a paciência, a ajuda que nos ofereceram.


Na Lituânia todas as nossas expectativas foram superadas.
Encontramos um país onde o novo e o antigo não se afrontam, pelo contrário, se completam. Às várias restaurações que estão sendo promovidas mescla-se muitas construções novas e modernas. Encontramos uma Lituânia muito voltada aos novos tempos e à Comunidade Européia sem , no entanto perder a sua identidade.


A Dainu Švente em si é uma prova viva dessa identidade. Que festival maravilhoso! Que festa fantástica !
A semana de ensaios é de um trabalho impressionante. Os ensaios eram feitos em campos de futebol e nós ensaiávamos tanto embaixo de sol forte quanto sob a chuva. Nada parava o trabalho. Tudo tinha que ser perfeito. Alguns dançarinos até mesmo adoeceram: os nossos com dores de garganta por causa da chuva e os lituanos e americanos com problemas relacionados à longa exposição ao sol. Nada nos desanimava, trabalhávamos com amor.


O reconhecimento logo veio: Recebemos muitos elogios da organização do festival: Laimute Kisieliene (Meno vadove), Margarita Tomkeviciute (vyriausioji baletmeistere), Rita Karasiejiene (išeivijos vadove) ir Snieguole Einikyte (meno vadoves pavaduotoja) . Cada uma delas veio nos procurar e agradecer por estarmos bem preparados, por não causarmos nenhum tipo de problema para a organização e por participarmos de todos os eventos. Diziam que dançávamos bem e que tinham apenas elogios para a representação do Brasil. Mas bom mesmo, foi ouvir o próprio Juozas Gudavicius ( baletmeisteris), que é um dos mais importantes coreógrafos lituano de todos os tempos, pedir ao microfone, durante o ensaio, que os outros dançarinos dançassem como os brasileiros. Que orgulho!
Fui uma das cinco coordenadoras de grupo escolhidas para participar da cerimônia oficial de abertura das comemorações dos 750 Anos da Coroação do Rei Mindaugas que foi realizada no salão de recepções do Palácio Presidencial com direito a champanhe, condecoração e cumprimentos do Sr. Presidente Rolandas Paksas e da Sra. Ministra da Cultura Roma Zakaitiene. Na ocasião, o Presidente manifestou-se bastante interessado pelo Brasil e os lituanos que aqui vivem.


E se antes de viajar tínhamos que agradecer às pessoas maravilhosas que nos ajudaram a tornar a viagem possível, agora em nossa volta temos que agradecer à Vilija Suziedeliene, Darius Polikaitis e Rita Karasiejiene , coordenadores gerais dos grupos lituanos estrangeiros que nos deram, além de toda a assistência necessária antes e durante o festival, a sua amizade.
O encerramento das comemorações deu-se através de uma parada que atravessava o centro de Vilnius desde a Catedral até o Parque Vingis onde aconteceria o Festival de Música propriamente dito.


Acredito que a representação litu-brasileira era a menor de todas: éramos dezoito pessoas incluindo o Vytas que, com apenas seis anos de idade, corajosamente, andou o percurso inteirinho acompanhando o grupo sorrindo e acenando para todos.
Foi um momento mágico. As pessoas, ao longo de todo o caminho, aplaudiam a nossa passagem, acenavam, gritavam "Valio Brazilija!", " Cia jusu žeme! ",
"Valio!", "Rambynas". Uma manifestação de carinho sem fim. Alguns gritavam " Ronaldo!", " Ronaldinho!", " Carnaval!", " Samba!", outros enxugavam as lágrimas e nos faziam chorar, pois, provavelmente, estavam se lembrando de parentes e amigos que algum dia haviam deixado a Lituânia em busca do Eldorado. Se pudéssemos cumprimentaríamos cada uma daquelas pessoas.
Foi uma sensação incrível e talvez, uma das maiores emoções de nossas vidas.

Sandra C. Mikalauskas Petroff
Coordenadora